terça-feira, 9 de junho de 2009

FALTA DE COMIDA



por Isabella Irigaray Menegaz Spode



Certo dia em Guaíba, na Vila Elza, os cães começaram a estranhar que os potes de comida, que eram deixados pelos donos perto do meio dia e deveriam durar até à noite, pelo meio da tarde já estavam vazios. E como os donos não os reabasteciam, eles acabavam passando fome e estavam emagrecendo.
Uma noite, quando estavam junto aos portões montando guarda, começaram a conversar entre si e descobriram que isso estava acontecendo em todas as casas. Resolveram então fazer um rodízio: cada dia um cão de determinada casa, ficaria de vigília, para descobrir o que acontecia.
Eles se reuniram novamente dali a dias para comentarem as conclusões a que haviam chegado.
Acontece que depois de se fartarem comendo perto do meio dia, eles acabavam adormecendo ao sol. Depois de sete dias não haviam feito mais nenhuma descoberta. Cada vez mais magros e mais famintos, decidiram fazer alguma coisa.
Então o mais velho dos cães sugeriu: “Vamos falar com a dona Borboleta que está sempre voando por todos os cantos e certamente descobriria o que está acontecendo.”
E foi então que ela descobriu que eram os bem-te-vi que estavam roubando as rações.
Assim a dona Borboleta contou aos cães que ficaram de alerta, de olhos bem abertos.
E os passarinhos contaram que a Natureza estava ficando seca e não tinha mais frutos para eles comerem.
Os cachorros foram falar com a Mãe Natureza.
E ela, como não entendeu bem a linguagem dos cachorros, provocou uma inundação que ficou mais alta do que o abacateiro.
Então foi a vez da Borboleta que foi falar com a Mãe Natureza, para dizer que era suficiente só três dias de chuva, e a terra ficaria verde de novo e então haveria folhas e frutos para todos, humanos e animais.
FIM
8 de junho de 2009

Um comentário:

  1. Oi Isa!
    Que legal! Adorei saber que está publicando seus contos! Sou sua fã!
    Boa sorte e sucesso!!
    Um beijão!
    Tia Déia

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