sexta-feira, 31 de julho de 2009

A menina que perdeu o avental


Esta história eu criei durante o almoço de hoje, pois nao tinha tv pra eu assitir....rsrsrsrsr


Sofia era uma menina que um dia procurou e não encontrou seu avental. Assim saiu para rua e foi perguntar ao vento:
- Ois, vento! Por acaso você levou meu avental?
- Eu não! – disse ele – Melhor perguntar para a nuvem Fifi. Ela está sempre por aqui. – explicou – Ela pode ter visto quem pegou seu avental.
Neste momento apareceu por ali outra nuvenzinha que ouviu a conversa e logo se meteu, dizendo que Fifi tinha ficado doente, deixando-a em seu lugar.
- É que eu estava até agora no shopping do céu, vendo uma promoção de roupas nebulosas. Coisa de nuvem, você sabe. – falou se exibindo – Assim não pude ver quem pegou seu avental. Porque não pergunta para montanha? – perguntou a nuvenzinha.
A menina então, foi até a montanha e esta lhe respondeu com sua voz grossa bem de montanha:
- Descupaaa, não vi seu avental, pois fico muuuiiito longe da sua casa.
Muito triste e sem graça, já no final da tarde, a menina voltou para seu quarto. Chegando lá foi mexer na sua gaveta de roupas e que susto! Como ficou feliz! Lá estava seu avental. Sua mãe então, lhe contou que havia mandando para lavanderia. Fim.

O dente e o formigueiro


Esta história eu ditei pra vovó quando tinha 3 anos... e sim, sempre falei deste geito.


Era uma vez uma linda menina que andava de bicicleta pelo quintal. De repente, um tombo, uma batida e lá se foi pelo chão o dentinho de leite que já estava frouxo. Ela ficou triste, mas não deu muita importância ao fato, pois sabia que logo viria outro dente, muito lindo e muito forte, para ocupar o lugar daquele que tinha caído e que esse sim, ficaria com ela para toda vida.
O que a menina não percebeu é que o dentinho caiu sobre a trilha de um formigueiro. E assim, as formiguinhas que recolhiam alimentos para o outono e inverno que depressa chegariam, tiveram uma enorme surpresa ao ver aquela coisa muito grande, desconhecida, bem no meio do caminho. Reunindo um grupo de formigas forçudas, levaram o dente para toca. Como as notícias andam muito depressa, logo a rainha ficou sabendo da novidade e foi rapidamente acalmar a confusão. Ela chegou a pedir silêncio, tamanha era a gritaria.
As formigas-soldados, as formigas-operarias, todo o formigueiro, enfim, esperava que a rainha falasse. E ela dava voltas e mais voltas, com um ar muito preocupado, pata no queixo, fazendo muitos “hum...hum...”.
- Afinal, o que é isso? – perguntou ela?
Espanto geral. Nem a rainha tinha visto algo como aquilo. Nunca tinha visto um dente grande, nem pequeno, nem de leite, nada. E agora? O que fazer?
- Vamos consultar alguém muito sábio. – disse ela.
- O corujão! O corujão! – gritaram todas.
- Não dá! Ele não poderia entrar no formigueiro, é muito grande e daria muito trabalho levar isso até onde ele está.
- Como vamos resolver então? – perguntou uma formiguinha magra.
Nova confusão. Todo formigueiro gritava e as formigas falavam ao mesmo tempo.
- Já sei! – exclamou a rainha – vamos falar com a cigarra que mora na árvore aqui defronte.
- Mas, a cigarra? – gritou alguém – Logo ela? Não vamos com a cara dela! Ela fica lá encima da árvore rindo da gente, rindo do nosso trabalho...Ah não! Ela não!
- Ah, sim! – insistiu a rainha. Eu sei que ela vai nos ajudar.
E então, lá se foi a rainha, coroa e tudo, soldados a frente, falar coma vizinha.
- Cigarra, dona cigarra!N]ao ouve? Está surda?
E a cigarra, recostada num galho, violão nos braços, cantava e cantava.
Com o barulho do vento nas árvores e com o canto dos passarinhos, não dava mesmo pra ela ouvir os gritos da rainha que pelo seu tamanho não eram assim tão altos. Mas, a rainha tanto gritou, tanto berrou, que a cigarra percebeu e foi ao chão ver o que havia.
- Como é que é? – espantou-se a cigarra. Vocês querem que eu vá lá no formigueiro ver uma coisa que vocês acharam no quintal? Eu? Euzinha?
Sim – disse a rainha – isso mesmo. É que a senhora fica nos alto das árvores, voa para todo o lado, viaja muito e assim aprende, vê coisas novas e diferentes. Nós ficamos no nosso caminho, sempre o mesmo ou pelos arredores. Por isso, co conhecemos algumas poucas coisas, não muito variadas, algumas migalhas, folhas e sementes.
- Bem, então – continuou a cigarra – precisam de minha ajuda? Ah, mas só depois de me pedirem desculpas! Afinal sempre me chamaram de preguiçosa, descansada, para não dizer o pior...E tem mais: quando o frio chegar, poderão me oferecer algum alimento ou vão continuar batendo com a porta na minha cara?
A rainha não teve alternativa, senão aceitar as condições da cigarra. A tratariam com respeito e se fizesse o tal favor lhe dariam comida durante o tempo frio. E lá se forma todos para o formigueiro. A cigarra toda pomposa, na frente, violão no ombro.
É com que se diga que ela estava com medo, muito medo. E pensava: “E se tudo não passasse de uma armadilha? E se dentro do formigueiro, elas resolvessem me lanchar?” Mas, também, ela, cigarra, não tinha outra opção. E depois era a primeira vez que as formigas reconheciam o verdadeiro valor de uma cigarra e lhe pediam ajuda. Isso a faria famosa. Ela entraria para a história das cigarras.
Quando chegou dentro do formigueiro parou, sem acreditar no que via. E quando falou, parecia gritar:
- Mas é um dente! Um lindo dente! Sem cárie, bem cuidado, bem limpo, dente de gente!
As formigas ficaram encantadas com a sabedoria da cigarra, que ainda afirmou conhecer muitos humanos com dentes e muitos animais com dentes também.
- Todos os animais também têm dentes? – questionaram as formigas.
- Então não sabem? – disse a cigarra – Pois tem. Alguns enormes, assustadores, como os dos jacarés, leões e tigres. Eu, pessoalmente, nunca vi, mas ouvi falar também dos dentes dos tubarões e baleias que vivem no mar. É por isso que eu viajo! – completou ela – Para aprender, saber das coisas, falar com gente diferente. – concluiu toda vaidosa, jásaindo do formigueiro.
A rainha mal teve tempo para agradecer a ajuda.
E agora? O que fazer com aquele dente, lá no meio do formigueiro. A rainha pensou em transformá-lo num trono. Só que alguém lembrou que dentes são afiados e que poderia acabar machucando ela. Foi então que uma formiguinha operária sugeriu que transormasem em farelo e o comessem. E foi o que fizeram. Num grande banquete, pela nova descoberta e pela amizade com a cigarra. Festejaram.